15/09/2009
10/09/2009
Ame O Rock!
Rock’n’roll é tão fabuloso, as pessoas deviam começar a morrer por ele. (...) As pessoas simplesmente devem morrer pela música. As pessoas estão morrendo por tudo o mais, então por que não pela música? Morrer por ela. Não é bárbaro? Você não morreria por algo bárbaro? Talvez eu deva morrer. Além do mais, todos os grandes cantores de blues morreram. Mas a vida está ficando melhor agora. Não quero morrer. Quero?”- Lou Reed (ex-Velvet Underground)
Anos 50, Estados Unidos um grito de liberdade serpenteia pelos céus norte americanos, como se fosse um mensageiro perdido nas sombras. Este grito de lamento foi o estopim que se transformou na maior revolução sonora da história. Da música negra veio à herança das notas melancólicas do blues e o som da guitarra elétrica do Rhythm and Blues, que se misturou o chamado country and western (música rural dos EUA), Paulo Chacon autor do livro “O Que é o Rock” compara esse gênero ao blues, na medida em que representava o sofrimento e o lamento dos pequenos camponeses.
O rock é muito mais do que um tipo de música: ele se tornou uma maneira de ser, uma ótica da realidade, uma forma de comportamento. O rock é e se define pelo seu público. Que, por não ser uniforme, por variar individual e coletivamente, exige do rock a mesma polimorfa (...). Mais polimorfo ainda porque seu mercado básico, o jovem, é dominado pelo sentimento da busca que dificulta o alcance ao porto da definição (e da estagnação...)
...a vibração negra, sua voz grave e rouca, sua sexualidade transparente e seu som pesado agora alimentado pela guitarra elétrica, tudo isso parecia bem mais atrativo a milhões de jovens, inicialmente americanos, mas logo por todo o mundo, que pareciam procurar seu próprio estilo de vida. (PAULO CHACON, O que é o Rock 1985).
Na década seguinte conhecida como os “Anos Rebeldes”, o rock entra com tudo na veia política e “anarquista”, artistas como Bob Dylan contestavam em suas letras a guerra do Vietnã. E neste enredo em 1969, foi realizado o Festival Woodstock, símbolo da transformação e inquietude dos jovens frente à inépcia de seus governos. Neste contexto já podia se perceber novas influencias musicais incorporadas ao rock, como a genialidade da banda inglesa Pink Floyd, que com seu álbum Piper at Gates Of Dawn apresenta ao mundo o “rock progressivo”, vertente do rock marcada por letras relacionadas entre si, letras profundas, arranjos complexos e acima de tudo a tentativa de não se prender a nenhum estilo ou regra predeterminada, todavia a banda extirpou as fronteiras do rock progressivo com seus experimentos musicais e audiovisuais, o Pink Floyd ajuda a inaugurar o rock experimental e auto cunhava o termo psicodelismo para definir seu estilo de música.
E em meio a este cenário de experimentos na ilha da Rainha na década de 70 nasce um rock mais agressivo e cheio de entrelinhas. Bandas como Deep Purple que foi à pioneira em experimentar junto ao rock clássico tons da música erudita, criando um som poderoso e empolgante. Tradição firmada mais tarde por bandas de heavy metal dos anos oitenta e noventa.
Black Sabbath trouxe o lado soturno do metal com imagens de demônios, ocultismo e morte, com letras e musicalidade sombrias uma das maiores e influentes bandas do cenário metal do mundo. Em 1974 o embrião da atualmente mais gloriosa banda do heavy metal mundial dava seus primeiros passos Iron Maiden, a “Donzela de Ferro”, considerada por críticos um divisor de águas entre a atual fase do rock mundial, onde se divide o mundo em dois grandes blocos o do rock dinâmico que muda a todo instante e o bloco que esta congelado e é onde o Iron Maiden reina soberana, recordes de públicos fazem parte da história da banda como na turnê Some Back in Time entre 2008 e 2009, a Donzela lotou estádios pelo mundo todo. E uma das curiosidades que assolam o mundo do metal também ocorreu com o Iron, a outrora poderosa mão da igreja católica.
“Em 1992 a Igreja Católica pediu ao governo providências contra a apresentação da banda e foi atendida. Segundo a igreja a música “Bring Your Daughter To The Slaughter” incitava o assassinato e “The Number Of The Beast” incitava satanismo e assassinatos.”
O rock de plumas e paetês se fez presente na década de 80, bandas como T-Rex e artistas como David Bowie e Alice Cooper, ousavam no visual, muito brilho nas roupas e visual andrógino fazia parte das características desta época brilhante do rock, em todos os sentidos.
Ainda em meio às décadas de 70 e 80 nasce o Punk- Rock, com músicas mais rápidas na sonoridade e no tempo, (algumas músicas dos Ramones, Principal influencia Punk nos EUA, tem apenas 2 minutos) o punk rock caracteriza-se pela fase “anarquista” atacando à tradição e a autoridade, bandas como a inglesa Sex Pistols incitavam a platéia em seus shows “Eu aposto que vocês não nos odeiam com a mesma intensidade com que nós odiamos vocês!” como cita o autor do livro Rock and Roll: uma História Social - PAUL FRIEDLANDER
Com a chegada da internet, e milhares de novas tecnologias, as pessoas estão tornando-se mais individualistas, e é nesse mundo moderno e “anti-social” que nasce o movimento emo-core, com letras com tons adolescentes e sem o conteúdo político e contestador que marcou o gênero em décadas passadas, e ainda esta presente em muitas bandas, mas este novo rock é voltado para adolescentes “descomprometidos”, mas segundo analisa o produtor Carlos Eduardo Miranda no documentário O Rock Brasileiro – História em imagens “Esse fenômeno não surgiu forçado por radio nem por gravadora. Se eu gosto ou não tanto faz. Mas veio do underground é da molecada e veio da internet.
“O rock’n’roll é a todo o momento bombardeado por novos experimentos que se tornam geniais ou não, depende de como e onde estes testes musicais são inseridos, com o advento da internet podemos compor e musicar em segundos milhares de músicas, mas o importante é sabermos primar pela qualidade delas”
Anos 50, Estados Unidos um grito de liberdade serpenteia pelos céus norte americanos, como se fosse um mensageiro perdido nas sombras. Este grito de lamento foi o estopim que se transformou na maior revolução sonora da história. Da música negra veio à herança das notas melancólicas do blues e o som da guitarra elétrica do Rhythm and Blues, que se misturou o chamado country and western (música rural dos EUA), Paulo Chacon autor do livro “O Que é o Rock” compara esse gênero ao blues, na medida em que representava o sofrimento e o lamento dos pequenos camponeses.
O rock é muito mais do que um tipo de música: ele se tornou uma maneira de ser, uma ótica da realidade, uma forma de comportamento. O rock é e se define pelo seu público. Que, por não ser uniforme, por variar individual e coletivamente, exige do rock a mesma polimorfa (...). Mais polimorfo ainda porque seu mercado básico, o jovem, é dominado pelo sentimento da busca que dificulta o alcance ao porto da definição (e da estagnação...)
...a vibração negra, sua voz grave e rouca, sua sexualidade transparente e seu som pesado agora alimentado pela guitarra elétrica, tudo isso parecia bem mais atrativo a milhões de jovens, inicialmente americanos, mas logo por todo o mundo, que pareciam procurar seu próprio estilo de vida. (PAULO CHACON, O que é o Rock 1985).
Na década seguinte conhecida como os “Anos Rebeldes”, o rock entra com tudo na veia política e “anarquista”, artistas como Bob Dylan contestavam em suas letras a guerra do Vietnã. E neste enredo em 1969, foi realizado o Festival Woodstock, símbolo da transformação e inquietude dos jovens frente à inépcia de seus governos. Neste contexto já podia se perceber novas influencias musicais incorporadas ao rock, como a genialidade da banda inglesa Pink Floyd, que com seu álbum Piper at Gates Of Dawn apresenta ao mundo o “rock progressivo”, vertente do rock marcada por letras relacionadas entre si, letras profundas, arranjos complexos e acima de tudo a tentativa de não se prender a nenhum estilo ou regra predeterminada, todavia a banda extirpou as fronteiras do rock progressivo com seus experimentos musicais e audiovisuais, o Pink Floyd ajuda a inaugurar o rock experimental e auto cunhava o termo psicodelismo para definir seu estilo de música.
E em meio a este cenário de experimentos na ilha da Rainha na década de 70 nasce um rock mais agressivo e cheio de entrelinhas. Bandas como Deep Purple que foi à pioneira em experimentar junto ao rock clássico tons da música erudita, criando um som poderoso e empolgante. Tradição firmada mais tarde por bandas de heavy metal dos anos oitenta e noventa.
Black Sabbath trouxe o lado soturno do metal com imagens de demônios, ocultismo e morte, com letras e musicalidade sombrias uma das maiores e influentes bandas do cenário metal do mundo. Em 1974 o embrião da atualmente mais gloriosa banda do heavy metal mundial dava seus primeiros passos Iron Maiden, a “Donzela de Ferro”, considerada por críticos um divisor de águas entre a atual fase do rock mundial, onde se divide o mundo em dois grandes blocos o do rock dinâmico que muda a todo instante e o bloco que esta congelado e é onde o Iron Maiden reina soberana, recordes de públicos fazem parte da história da banda como na turnê Some Back in Time entre 2008 e 2009, a Donzela lotou estádios pelo mundo todo. E uma das curiosidades que assolam o mundo do metal também ocorreu com o Iron, a outrora poderosa mão da igreja católica.
“Em 1992 a Igreja Católica pediu ao governo providências contra a apresentação da banda e foi atendida. Segundo a igreja a música “Bring Your Daughter To The Slaughter” incitava o assassinato e “The Number Of The Beast” incitava satanismo e assassinatos.”
O rock de plumas e paetês se fez presente na década de 80, bandas como T-Rex e artistas como David Bowie e Alice Cooper, ousavam no visual, muito brilho nas roupas e visual andrógino fazia parte das características desta época brilhante do rock, em todos os sentidos.
Ainda em meio às décadas de 70 e 80 nasce o Punk- Rock, com músicas mais rápidas na sonoridade e no tempo, (algumas músicas dos Ramones, Principal influencia Punk nos EUA, tem apenas 2 minutos) o punk rock caracteriza-se pela fase “anarquista” atacando à tradição e a autoridade, bandas como a inglesa Sex Pistols incitavam a platéia em seus shows “Eu aposto que vocês não nos odeiam com a mesma intensidade com que nós odiamos vocês!” como cita o autor do livro Rock and Roll: uma História Social - PAUL FRIEDLANDER
Com a chegada da internet, e milhares de novas tecnologias, as pessoas estão tornando-se mais individualistas, e é nesse mundo moderno e “anti-social” que nasce o movimento emo-core, com letras com tons adolescentes e sem o conteúdo político e contestador que marcou o gênero em décadas passadas, e ainda esta presente em muitas bandas, mas este novo rock é voltado para adolescentes “descomprometidos”, mas segundo analisa o produtor Carlos Eduardo Miranda no documentário O Rock Brasileiro – História em imagens “Esse fenômeno não surgiu forçado por radio nem por gravadora. Se eu gosto ou não tanto faz. Mas veio do underground é da molecada e veio da internet.
“O rock’n’roll é a todo o momento bombardeado por novos experimentos que se tornam geniais ou não, depende de como e onde estes testes musicais são inseridos, com o advento da internet podemos compor e musicar em segundos milhares de músicas, mas o importante é sabermos primar pela qualidade delas”
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