Sozinho, auguras noturnas freqüentam tudo o que não posso disfarçar minha mascara caiu, sou mais um entre milhares, o que faço, o que toco, meus desejos não são importantes, sou só mais um.
O tempo é implacável destrói tudo o que fica em seu semblante, não destoa, ou atribui velhas qualidades a nós, humanos fracos e viscerais.
Quem somos? Retalhos de falos e distorções do que chamamos de real.
Nossa fraqueza é evidenciada em momentos como este, pobres e podres.
Nunca poderá ser o mesmo. Novamente tua vida foi depredada, sozinho.
Ao seu lado nem criaturas sibilantes, desejam ficar, sua face já não é a mesma.
Nada é normal, sua alucinação é turva, aparecem imagens que não se pode ver.
Onde estou?
Não importa, existe uma placa insistente e brilhante mostrando-lhe seu atual estado melancólico e patético.
Abandonado, excluso, sua solidão mórbida já lhe recusa o caos, risadas, vozes, tudo lhe reprime e atola sua garganta.
Velhas fotos esparramadas pelo chão é o que lhe resta, livros não lhe explicam, apenas riem de vossa impotência frente ao que não entende.
A dúvida é o pior sentimento que lhe acompanha.
A vida em uma tênue linha de sim e não, que não podes escolher, pois suas mãos foram amaradas com tanta força e precisão, que apenas ela tem o poder de desatar este nó e te destruir com apenas uma palavra, ou tornar-te livre.
Não se sabe quanto tempo, a dúvida nunca te deixara, você não tem escolha.
Seu mundo já não é seu, foi extirpado de suas entranhas, e nunca o terá novamente.
Já deixaste de fazer parte de você, seu falo prova que nada, que tens é real.
De onde vem, pra onde vai, nada, nada.
Apenas a representação gráfica e grotesca em papéis espalhados, lhe atormentam.
Esta tudo tão longe de si. Perdes o controle nada mais tem sentido, tudo esta perdendo nitidez.
Os olhos não esboçam nenhuma reação frente à escuridão que vem para cegares, nenhuma língua mais esta lhe fazendo sentido a ciência das linguagens deixou de existir.
Apenas o som ao longe de uma sofreguidão distorcida lhe acompanha por aonde vá.
Jamais fugiras! Esta preso você esqueceu, apenas a voz, dela, e seu toque o libertarão ou destruirão.
Não a mais nada a fazer você é inútil aqui.
Trava-se uma guerra épica em sua mente já atenuada e sem lucidez, o que balbuciar, não será ouvido, tenta gritar, esqueces que também sua garganta esta retorcida, sua voz não sairá, não hoje.
O muro que está a sua volta não o protege como pensa.
Há tempos atrás ele foi demolido com um só golpe, sutil e com a leveza de uma pluma.
Apenas um beijo e nada mais.
“ICH WARTE HIER”
30/05/2010
Nada
Sombras gélidas o perseguem por toda a noite, a busca incessante pelo inalcançável, rabiscos toscos pela parede não o libertam, sua prisão tem varias formas.
Sua mente lhe prega peças, um velho dança em sua solidão. O profano o ataca por todas as partes, grasnos de pássaros multicolores, atravessam as paredes já saturadas de objetos de seu devaneio, a abertura da cela parece estar perto.
Cava-se um túnel em busca de fuga.
Sozinho arrasta por toda a extensão da sala úmida e putrefata o que resta de suas auguras solícitas. É um menino perdido entre sua convicção de real e a aparente loucura do mundo das idéias.
Desenha entre as pedras úmidas e lisas uma porta, uma saída. Mas o velho esta dançando e cortejando sua derrota, como se nada existisse ele permite-se, a queda livre.
Acordas o senil, o menino o presente e o passado juntos, em um estado de estagnação imutável.
Para quem vê de fora és, insano.
Borboletas voam, estipulam e traçam seu destino passado. A dança louca, quem vai, quem vem? Gritos, sussurros.
Garotas traçam uma guerra entre bebidas e drogas. São muitos contra poucos, mas tudo é altivo, a derrota cai, junto com o passado e o velho dançarino já exausto da dança esquálida, cai em sua tumba profanada.
A parede parece se agigantar frente ao presente, garoto.
As formas são muitas e mutáveis a todo instante.
Mas sua percepção esta afetada. Pois basta abrir a mão e o passado e a chave irão cair a seus pés.
Tudo reinicia a queda é profunda.
Não resta dúvida o velho caiu.
O passado já devorável, entre suas entranhas.
Luzes escarnem a noite.
As formas vão mudando, se vê entre seus dedos a sofreguidão e mazeles de um anjo caído e insultado.
A chave cai! esta livre?
Ao longe se ouve uma melodia tão esquia que não se pode tocá-la nem por pensamento.
Haviam vozes pelo corredor. Você nunca poderá sair...
Sua mente lhe prega peças, um velho dança em sua solidão. O profano o ataca por todas as partes, grasnos de pássaros multicolores, atravessam as paredes já saturadas de objetos de seu devaneio, a abertura da cela parece estar perto.
Cava-se um túnel em busca de fuga.
Sozinho arrasta por toda a extensão da sala úmida e putrefata o que resta de suas auguras solícitas. É um menino perdido entre sua convicção de real e a aparente loucura do mundo das idéias.
Desenha entre as pedras úmidas e lisas uma porta, uma saída. Mas o velho esta dançando e cortejando sua derrota, como se nada existisse ele permite-se, a queda livre.
Acordas o senil, o menino o presente e o passado juntos, em um estado de estagnação imutável.
Para quem vê de fora és, insano.
Borboletas voam, estipulam e traçam seu destino passado. A dança louca, quem vai, quem vem? Gritos, sussurros.
Garotas traçam uma guerra entre bebidas e drogas. São muitos contra poucos, mas tudo é altivo, a derrota cai, junto com o passado e o velho dançarino já exausto da dança esquálida, cai em sua tumba profanada.
A parede parece se agigantar frente ao presente, garoto.
As formas são muitas e mutáveis a todo instante.
Mas sua percepção esta afetada. Pois basta abrir a mão e o passado e a chave irão cair a seus pés.
Tudo reinicia a queda é profunda.
Não resta dúvida o velho caiu.
O passado já devorável, entre suas entranhas.
Luzes escarnem a noite.
As formas vão mudando, se vê entre seus dedos a sofreguidão e mazeles de um anjo caído e insultado.
A chave cai! esta livre?
Ao longe se ouve uma melodia tão esquia que não se pode tocá-la nem por pensamento.
Haviam vozes pelo corredor. Você nunca poderá sair...
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