30/05/2010

Die Nacht öffnet ihren SchoB

Sozinho, auguras noturnas freqüentam tudo o que não posso disfarçar minha mascara caiu, sou mais um entre milhares, o que faço, o que toco, meus desejos não são importantes, sou só mais um.

O tempo é implacável destrói tudo o que fica em seu semblante, não destoa, ou atribui velhas qualidades a nós, humanos fracos e viscerais.

Quem somos? Retalhos de falos e distorções do que chamamos de real.

Nossa fraqueza é evidenciada em momentos como este, pobres e podres.

Nunca poderá ser o mesmo. Novamente tua vida foi depredada, sozinho.

Ao seu lado nem criaturas sibilantes, desejam ficar, sua face já não é a mesma.

Nada é normal, sua alucinação é turva, aparecem imagens que não se pode ver.

Onde estou?

Não importa, existe uma placa insistente e brilhante mostrando-lhe seu atual estado melancólico e patético.

Abandonado, excluso, sua solidão mórbida já lhe recusa o caos, risadas, vozes, tudo lhe reprime e atola sua garganta.

Velhas fotos esparramadas pelo chão é o que lhe resta, livros não lhe explicam, apenas riem de vossa impotência frente ao que não entende.

A dúvida é o pior sentimento que lhe acompanha.

A vida em uma tênue linha de sim e não, que não podes escolher, pois suas mãos foram amaradas com tanta força e precisão, que apenas ela tem o poder de desatar este nó e te destruir com apenas uma palavra, ou tornar-te livre.

Não se sabe quanto tempo, a dúvida nunca te deixara, você não tem escolha.

Seu mundo já não é seu, foi extirpado de suas entranhas, e nunca o terá novamente.

Já deixaste de fazer parte de você, seu falo prova que nada, que tens é real.

De onde vem, pra onde vai, nada, nada.

Apenas a representação gráfica e grotesca em papéis espalhados, lhe atormentam.

Esta tudo tão longe de si. Perdes o controle nada mais tem sentido, tudo esta perdendo nitidez.

Os olhos não esboçam nenhuma reação frente à escuridão que vem para cegares, nenhuma língua mais esta lhe fazendo sentido a ciência das linguagens deixou de existir.

Apenas o som ao longe de uma sofreguidão distorcida lhe acompanha por aonde vá.

Jamais fugiras! Esta preso você esqueceu, apenas a voz, dela, e seu toque o libertarão ou destruirão.

Não a mais nada a fazer você é inútil aqui.

Trava-se uma guerra épica em sua mente já atenuada e sem lucidez, o que balbuciar, não será ouvido, tenta gritar, esqueces que também sua garganta esta retorcida, sua voz não sairá, não hoje.

O muro que está a sua volta não o protege como pensa.

Há tempos atrás ele foi demolido com um só golpe, sutil e com a leveza de uma pluma.

Apenas um beijo e nada mais.

“ICH WARTE HIER”

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